FETRHOTEL faz avaliação da reforma Trabalhista junto com assessores e filiados

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19/07/2017

Inês Ferreira

Resistência e muito trabalho. Essas serão as ferramentas que os sindicatos filiados a FETRHOTEL (Federação Interestadual dos Trabalhadores Hoteleiros de São Paulo e Mato Grosso do Sul) pretendem usar para vencer as dificuldades impostas pela aprovação da Reforma Trabalhista. A postura dos sindicatos e da diretoria da federação foi alinhavada numa reunião realizada na última terça-feira (18), nos Leques Brasil Hotel, em São Paulo.

Além dos filiados e diretores da federação, estavam presentes vários advogados. Entre eles, Walter Vettore, que ocupou lugar a mesa junto com o presidente da  federação Cícero Lourenço Pereira (também presidente do SINTHORESSOR), o diretor-tesoureiro Antonio Luiz de Sousa (Jandaia), o presidente do SINTHORESP (Sindicato dos Trabalhadores Hoteleiros de São Paulo) Francisco Calasans Lacerda e o secretário-geral da federação e diretor da Contracs (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviço) Antônio Carlos da Silva Filho.

Cícero começou a reunião falando sobre a participação da federação na luta contra as reformas do governo Temer. Ele lembrou que no dia que antecedeu a votação da reforma Trabalhista, ele participou de uma vigília, em Brasília, com um grupo de sindicalistas liderados pelo senador Paulo Paim. 

“Diante de tantas atrocidades do governo decidimos fazer uma avaliação para saber qual direção tomaremos e o que faremos para vencer esse momento tão conturbado da legislação”, disse o presidente.

Em seguida André Santos, analista político do DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), especialista em Política e Representação Parlamentar falou sobre a conjuntura política.

O assessor fez uma avaliação pessimista sobre a situação da classe trabalhadora e o movimento sindical. Segundo ele, o cenário é perigoso. Por isso é necessário uma postura firme para resistir, porque as consequências serão complicadas para toda a sociedade. 

“Agora precisamos achar uma saída jurídica para modificar o que está ai, enquanto não podemos modificar o cenário político”, disse Santos.

A dose de positivismo e esperança, na reunião, ficou por conta da advogada Zilmara Alencar. Ela apresentou um estudo profundo da lei 13.467, que alterou mais de 120 pontos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

A advogada apontou diversas brechas na legislação. Ela também esclareceu vários pontos duvidosos que podem beneficiar o movimento sindical e os trabalhadores.

No final da reunião ficou decidido que em agosto haverá um novo encontro de filiados que debaterão minuciosamente as questões jurídicas da reforma Trabalhista e a comunicação das entidades sindicais.