Agosto é o mês de lutar para acabar com a violência contra a mulher

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02/08/2022

A Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados lança, nesta quarta-feira (3), a edição deste ano da campanha Agosto Lilás, com o objetivo de discutir temas relacionados ao enfrentamento da violência contra as mulheres em suas diversas formas.
As atividades coincidem com o aniversário da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), considerada legislação de referência em todo o mundo no combate a esse tipo de violência.
A abertura do evento será feita pela Procuradora da Mulher da Câmara e do Senado, às 18 horas, no salão Negro.
O Brasil possui taxa média de 4,8 assassinatos a cada 100 mil habitantes, em comparação entre 83 países, ocupando o 5º lugar no ranking mundial de feminicídios
A violência é um fenômeno social, complexo e multifatorial que afeta pessoas, famílias e comunidades. A violência de gênero contra as mulheres, em especial a violência doméstica é a expressão mais perversa da desigualdade de gênero e da assimetria das relações sociais de poder existentes e é um dos mais graves problemas a serem enfrentados na sociedade. 
A desigualdade, longe de ser natural, é posta pela tradição cultural, pelas estruturas de poder, pelos agentes envolvidos na trama de relações sociais. Nas relações entre homens e entre mulheres, a desigualdade de gênero não é dada, mas pode ser construída, e o é, com frequência.
Esse tipo de violência sempre existiu e segue sendo naturalizada na sociedade atual. As mulheres e meninas estão sendo ameaçadas, espancadas, estupradas e/ou morrendo dentro de casa, onde deveria ser o local de sua segurança e proteção.
Números da violência
- 30 mulheres sofrem agressão física por hora; 
- uma mulher é vítima de estupro a cada 10 minutos; 
- três mulheres são vítimas de feminicídio a cada um dia e; 
- uma travesti ou mulher trans é assassinada no país a cada dois dias. 
- 90% das mulheres declaram ter medo de violência sexual. 
(Dados da Agência Patrícia Galvão com base no 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2020).
(Inês Ferreira)